O Tribunal Superior Eleitoral
(TSE) manteve a cassação do prefeito e vice de Bituruna-PR, Rodrigo Rossoni e
João Vitório Nhoatto, por abuso de poder econômico por terem contratado 528
cabos eleitorais para trabalhar em campanha de eleição suplementar no município
que tem pouco mais de 12 mil eleitores e cerca de 15 mil habitantes. “A
contratação maciça de cabos eleitorais implica a quebra de igualdade entre os
candidatos que estão na disputa, além do que gera induvidoso reflexo no âmbito
do eleitorado a afetar, portanto, o equilíbrio e a normalidade do pleito”,
afirmou o ministro Arnaldo Versiani, relator do caso. O voto dele foi seguido
por unanimidade.
A decisão manteve entendimento do
Tribunal Regional Eleitoral Paraná (TRE-PR), que levou em consideração um
conjunto de fatores para cassar o mandato do prefeito e vice, que ficarão
inelegíveis por 8 anos. Por exemplo, apontou-se o número de cabos eleitorais
contratados diante do eleitorado, bem como a diferença de votos entre o
prefeito eleito e o segundo colocado, o gasto despendido na campanha, o tamanho
reduzido do município e o fato de se tratar de eleição suplementar.