quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Duque de Caxias, área de segurança nacional


Cidade hoje considerada a capital da Baixada Fluminense, Duque de Caxias foi “área de segurança nacional” entre 1971 e 1985 por imposição do regime militar. Com isso, a população ficou impedida de eleger prefeitos durante 14 anos, sendo estes escolhidos e posteriormente nomeados pelo governador do Estado depois de “aprovado” pelos militares que ocupavam o poder central.
Inicialmente, ocupou o cargo, por cerca de seis meses, o presidente da câmara, Francisco Estácio da Silva, conhecido como Chiquinho Bolão. Ele permaneceu no cargo até a posse do primeiro militar-interventor, o general Carlos Marciano de Medeiros. O general foi sucedido em 1975 pelo coronel Renato Moreira da Fonseca, depois pelo também coronel Américo Gomes de Barros Filho (1978-1982) e pelo civil Hydekel Menezes de Freitas Lima (1982-1985), filiado à Arena.
Lideranças políticas, empresariais, sindicais e comunitárias, porém, se movimentavam pela reconquista da autonomia da cidade, o que viria a ocorrer em 1985, sendo eleito por via direta o professor Juberlan de Oliveira (PDT), que exerceria mandato até 1988. Seus sucessores foram Hydekel de Freitas (1989-1992) - substituído em 1991 pelo vice José Carlos Lacerda para assumir vaga no Senado Federal -, Moacyr Rodrigues do Carmo (1993-1996), José Camilo Zito dos Santos Filho (1997-2000, 2001-2004 e 2009-2012) e Washington Reis de Oliveira (2005-2008).
O Poder Executivo local foi instalado em 1º de janeiro de 1944, quando o interventor federal Ernani do Amaral Peixoto designou, para responder pelo expediente da prefeitura, o contabilista Homero Lara. Outras nove pessoas foram designadas posteriormente para o mesmo cargo. O primeiro prefeito eleito foi Gastão Glicério de Gouveia Reis, que administrou a cidade de setembro de 1947 a dezembro de 1950. Depois dele vieram, também pelo voto direto, respectivamente, Braulino de Matos Reis, Francisco Correa, Adolpho David, Joaquim Tenório Cavalcante e Moacir Rodrigues do Carmo, o último civil eleito e que governou a cidade antes da intervenção.