Os 194 candidatos que disputam as prefeituras das 26 capitais brasileiras arrecadaram, em dois meses de campanha, R$ 121,1 milhões em doações. Os candidatos de São Paulo receberam, juntos, R$ 25,7 milhões, equivalente a 21% dos recursos obtidos nas cidades. Dos 10 candidatos que mais receberam verbas em todo o país, três disputam a capital paulista: Fernando Haddad (PT - R$ 10.075.966,39), José Serra (PSDB - R$ 8.142.075,39) e Gabriel Chalita (PMDB - R$ 5.100.000,00). No Rio de Janeiro, Eduardo Paes, do PMB, tem receita de R$ 6.993.680,49, números que o colocam como quarto lugar de uma lista de 10 nomes.
O prazo para envio da segunda declaração, referente aos gastos acumulados desde julho, início oficial da campanha, venceu no último dia 2. Os dados foram tornados públicos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na última quinta-feira (6). A primeira prestação de contas foi realizada no começo de agosto. Os candidatos terão de entregar a prestação de contas final até 6 de novembro, um mês após a eleição.
Segundo o TSE, as despesas dos candidatos das capitais somaram R$ 107,6 milhões. A cifra representa 10% da estimativa do limite de gasto máximo para a campanha deste ano: R$ 1,2 bilhão. Pela legislação eleitoral, os candidatos ainda não são obrigados a divulgar de quem receberam doações, apesar dos esforços de alguns juízes eleitorais no Brasil, que buscam usar a Lei de Acesso à Informação para que a origem do dinheiro seja revelada antes da votação. Contudo, os candidatos que desejarem revelar seus financiadores podem fornecer os dados ao TSE, que os disponibiliza mesmo na prestação de contas parcial.
