quinta-feira, 20 de setembro de 2012

“Só há duas opções nesta vida: se resignar ou se indignar. E eu não vou me resignar nunca”


1. Presidente da Câmara com atuação marcante, político de visibilidade e empresário bem sucedido, o senhor aparece com destaque na atual campanha. O que o senhor espera dessa eleição?
      - Quando realizamos um trabalho bem feito, o reconhecimento da população é muito gratificante. Porém, fico feliz, com todas as pessoas que tenham sido favorecidas por algumas das minhas ações. Pois é através deste trabalho que pretendo estar entre os políticos mais bem votados na nossa cidade. Enfim espero que nessa eleição o povo de Duque de Caxias, renove suas esperanças de uma cidade mais feliz e mais igualitária.

2. Por que o senhor quer ser vereador mais uma vez?
      - Todo projeto nasce de um sonho, e o meu projeto para esta eleição era ser candidato a prefeito. Porém tive que reavaliar minha candidatura, pois não teria condições financeiras de sustentar este tipo de campanha, além de não ter conseguido aliar alguns partidos neste projeto. Por isso, não poderia ficar de fora deste contexto político e deixar de continuar realizando meu trabalho. Era natural que eu não sendo candidato a prefeito, participasse do quadro político com a minha candidatura de vereador, pois essa é a única maneira das pessoas avaliarem meu trabalho. É nas urnas que o povo avalia o político.

3. No governo Washington Reis, o senhor foi oposição. Reeleito com Zito, também virou opositor. Esse é o perfil do “Mazinho é atitude” (como sugere seu slogan) ou reflete apenas um espírito contestador?
         - “Só há duas opções nesta vida: se resignar ou se indignar. E eu não vou me resignar nunca”. Quem disse isso foi o mestre Darcy Ribeiro, e é essa atitude e esse pensamento que eu procuro seguir. Não posso deixar de ficar indignado quando vejo o preço da passagem de ônibus e a baixa qualidade do transporte em Caxias, não posso deixar de ficar indignado quando vejo pessoas morando em casas de papelão e madeira na beira dos rios Sarapuí, Iguaçu, Calombé e Pilar, não posso deixar de ficar indignado quando vejo que as pessoas tem que chegar quatro horas da manhã no PAM para serem atendidos e terem suas consultas e exames marcados para quatro meses depois. Por isso, que quando ajudo um prefeito numa eleição e seis meses após tomar posse, a atitude deles não condiz com o que prometeram em campanha, prefiro ir para oposição do que compactuar com o governo que não cumpre suas promessas. Minhas atitudes refletem minha maneira de pensar e, ao mesmo tempo, minha vida.
 
4. A sua transferência do PSDB para o PDT teve grande repercussão na cidade. Por que a mudança e a que o senhor atribuiu tal repercussão?
            - Foi por uma questão de ideais, não podia continuar em um partido onde a maneira de fazer política e trabalho na cidade, não estavam de acordo com a necessidade dos cidadãos. Fui recebido de braços abertos pelo ex-ministro Carlos Lupi, onde tenho autonomia para realizar hoje na cidade todos os projetos idealizados e realizados pelo grande líder do PDT, Leonel Brizola.

5. Hoje, ao final de um mandato inteiro e a frente da Presidência da Câmara, como o senhor vê a sua gestão? Qual a origem de tanta polêmica no exercício da Presidência?

            - Independência é a origem de polêmicas, principalmente em uma Câmara de Vereadores onde todos estavam acostumados a ser subservientes. A Câmara sempre foi tratada como uma subprefeitura, onde os prefeitos ordenavam como deveriam ser conduzidos todos os processos. Modernizei as instalações e os equipamentos de informática da Câmara, dei condições de trabalho aos funcionários, fizemos investimentos no Instituto Histórico. Isso tudo pode ser visto e analisado através dos fatos. A polêmica começou quando declarei minha candidatura a prefeito, contrariando o atual e o ex-prefeito, ambos envolvidos na disputa. A independência sempre foi uma marca na minha vida pública, continuará sendo, causando polêmica ou não.

6. Pré-candidato à prefeitura de Duque de Caxias pelo PDT, em entrevista ao Capital, o senhor anunciou passagem de ônibus a R$ 1 e implantação de “creches da famíla”, entre outras propostas. A candidatura não aconteceu e hoje acabou tornando-se importante puxador de votos na aliança com o PSB. Com uma possível eleição do prefeito da sua chapa, o senhor acredita que conseguirá colocar em prática alguns desses projetos?
          - Esta foi uma das condições da aliança entre o PDT e o PSB. Todos esses projetos fazem parte desta renovação que a cidade precisa. Já estava na hora de termos a frente da prefeitura um administrador que cuide das pessoas. Esse sempre será o nosso sonho, melhorar a qualidade de vida de todo cidadão duquecaxiense.  O nosso projeto de ter passagem de ônibus mais barata continua, o projeto de ter todo filho de trabalhador nas creches  também continua, o projeto de ter um pronto socorro em cada bairro também é nossa  meta. Todos esses projetos tiveram o apoio do nosso futuro prefeito Alexandre  Cardoso, inclusive quando, como presidente do PDT de Duque de Caxias, indicamos o companheiro Laury Villar para ser vice na chapa de prefeito.